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ABSTRACTS - PANEL 5
RESUMOS - PAINEL 5

From libet-style experiments to necessary conditions for free will

Jonas G. Coelho

São Paulo State University

Many neuroscientific experiments, based on monitoring brain activity, suggest that it is possible to predict the conscious intention/choice/decision of an agent before he himself knows that. Some neuroscientists and philosophers interpret the results of these experiments as showing that free will is an illusion, since it is the brain and not the conscious mind that intends/chooses/decides. Assuming that the methods and results of these experiments are reliable the question is if they really show that free will is an illusion. To address this problem, I argue that first it is needed to answer three questions related to the relationship between conscious mind and brain: 1. Do brain events cause conscious events? 2. Do conscious events cause brain events? 3. Who is the agent, that is, who consciously intends/chooses/decides, the conscious mind, the brain, or both? I answer these questions by arguing that the conscious mind is a property of the brain due to which the brain has the causal capacity to interact adaptively with its body, and trough the body, with the physical and sociocultural environment. In other words, the brain is the agent and the conscious mind, in its various forms - cognitive, volitional and emotional - and contents, is its guide of action. Based on this general view I argue that the experiments aforementioned do not show that free will is an illusion, and as a starting point for examining this problem I point out what I believe to be some of  its necessary conditions.  on another person's testimony (how do you know your/their experience is true?).

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Sobre o efeito de outra raça no reconhecimento facial

Daniel De Luca-Noronha

FAJE-MG

Seres humanos reconhecem as faces dos seus co-específicos com facilidade. Conseguem reconhecer diferentes expressões faciais ao primeiro olhar, detectam uma ampla variedade de faces e sentem-se confiantes na realização das tarefas de reconhecimento. Uma hipótese explicativa para a eficiência do reconhecimento aponta para o caráter holista da percepção de faces: o observador extrai de modo fluente um conjunto integrado e interdependente de informações. Entretanto, várias pesquisas têm mostrado que essa eficiência do processamento holista não ocorre no caso em que os agentes pertencem a raças distintas. Mais precisamente, o chamado “efeito de outra raça”, presente na literatura científico-cognitiva, diz respeito a uma maior dificuldade de identificar elementos que individuam uma face distinta daquela que, tipicamente, pertence aos elementos morfológicos inerentes à raça do observador. Segundo uma hipótese representacionalista, tal efeito pode ser explicado pela ausência de representações internas acerca de faces de outras raças. Na falta dessas representações, a atenção do observador estaria fixada nos elementos morfológicos gerais da face, passando ao largo dos elementos individuadores. Entretanto, essa hipótese possui limites explicativos importantes. Alguns deles, que pretendo discutir, são os seguintes: (i) existem muitas faces miscigenadas que não pertencem a uma morfologia a que representações típicas poderiam corresponder; (ii) muitos elementos individuadores de faces não são tão estáveis para que possam ser integrados em representações associadas a uma dada morfologia. Diante desses limites, o objetivo da minha apresentação é investigar o papel das emoções no reconhecimento facial. De fato, algumas pesquisas recentes têm revelado o efeito de emoções na percepção de outras faces. De acordo com essas pesquisas, emoções básicas de valência positiva causam um alargamento do conjunto de elementos processados e, consequentemente, diminuem o efeito de outra raça no reconhecimento de outras faces. Diante desses resultados empíricos, pretendo trazer à tona elementos da filosofia das emoções que poderiam explica-los. Trata-se de mostrar que emoções positivas podem ampliar o conjunto de informações perceptivas processadas ao primeiro olhar, mesmo que o intérprete não possua representações típicas da face em questão. Note-se que essa abordagem pode ser mais abrangente do que a hipótese representacionalista, dado que pode explicar os problemas do reconhecimento de faces miscigenadas, de elementos individuadores instáveis e mesmo casos de equívocos de reconhecimento facial de sujeitos pertencentes a mesma raça do intérprete. Por fim, essa abordagem ainda abre espaço para pensarmos que a expressão “efeito de outra raça” seja, talvez, enganosa. O problema em reconhecer faces não-familiares diz menos respeito a representações morfológicas, do que às emoções, particularmente da valência prevalente, que nos conectam a outras pessoas e que têm efeito sobre nossas percepções acerca delas.   

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